Lúcida em excesso
“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? Assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”. (Clarice Lispector)
Obras principais:
Perto do coração selvagem (1943); O lustre (1946); Laços de família (contos, 1960); A legião estrangeira (contos, 1964); A paixão segundo G. H. (romance, 1964); A hora da estrela (romance, 1977).
Características básicas:
- É a intérprete mais sofisticada da chamada ficção introspectiva.
- Essa literatura intimista coloca, tanto de maneira metafórica quanto realista, as ondulações psicológicas e estados interiores das personagens em destaque.
- No plano da estrutura narrativa, Clarice vale-se do fluxo de consciência e do monólogo interior.
- Sua linguagem é excepcionalmente densa e inovadora.
A hora da estrela
Relativa exceção a esta prosa introspectiva é a novela A hora da estrela, onde um narrador (Rodrigo SM) acompanha a medíocre vida de uma jovem nordestina (Macabéia) que vegeta em São Paulo. Feia, ignorante, humilhada pelas colegas, pelo namorado, pela existência, ela terá o seu momento glorioso, a sua "hora de estrela", conforme lhe profetiza uma cartomante, quando, no fim do relato, é atropelada e morta por um automóvel.
Perto do coração selvagem (1943); O lustre (1946); Laços de família (contos, 1960); A legião estrangeira (contos, 1964); A paixão segundo G. H. (romance, 1964); A hora da estrela (romance, 1977).
Características básicas:
- É a intérprete mais sofisticada da chamada ficção introspectiva.
- Essa literatura intimista coloca, tanto de maneira metafórica quanto realista, as ondulações psicológicas e estados interiores das personagens em destaque.
- No plano da estrutura narrativa, Clarice vale-se do fluxo de consciência e do monólogo interior.
- Sua linguagem é excepcionalmente densa e inovadora.
A hora da estrela
Relativa exceção a esta prosa introspectiva é a novela A hora da estrela, onde um narrador (Rodrigo SM) acompanha a medíocre vida de uma jovem nordestina (Macabéia) que vegeta em São Paulo. Feia, ignorante, humilhada pelas colegas, pelo namorado, pela existência, ela terá o seu momento glorioso, a sua "hora de estrela", conforme lhe profetiza uma cartomante, quando, no fim do relato, é atropelada e morta por um automóvel.
Autobiografia:
Clarice Lispector por Clarice Lispector
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