segunda-feira, 16 de maio de 2011

COMPETÊNCIAS DA ÁREA DE LINGUAGENS E CÓDIGOS


E, no mínimo, o que o Enem espera de você é que você saiba ao menos o que a prova vai exigir de você. Quais tipos de conhecimentos serão exigidos e como é que você deve se preparar para cada uma das grandes áreas.
No nosso caso, a área de Linguagens e Códigos tem um perfil bastante diferente daquilo que o vestibular tradicional, por exemplo, esperaria ou exigiria de você numa prova de Língua Portuguesa (Gramática, Literatura, Redação). A leitura de mundo que o Enem exige do estudante é mais ampla: ocupa-se de averiguar a habilidade do candidato de perceber o mundo que o cerca através das mais diferentes formas de CODIFICAR A INFORMAÇÃO. É por isso que a nomenclatura "Língua Portuguesa" seria bem insuficiente para designar essa grande área: ela pressupõe muito mais que os conhecimentos puramente linguísticos; quer saber se você entende a comunicação de forma mais ampla, como uma necessidade inerente ao ser humano que, para dar vazão às suas ideias, pensamentos e sentimentos, vale-se de inúmeros recursos que não só a língua para se expressar.
Trata-se de um exercício interessantíssimo sobre o quanto você consegue perceber a realidade e o outro através dos mais diferentes caminhos, das mais inusitadas formas.
Justamente por tratar de diferentes possibilidades comunicativas é que a área de Linguagens e Códigos é tão rica, tão interessante e prazerosa de se conhecer, estudar e praticar.
Abaixo seguem algumas informações técnicas do MEC sobre o que você deve desenvolver para prestar o Enem e obter grande êxito na prova de Linguagens e Códigos. Acompanhe:

A ÁREA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS (LCT)


O SENTIDO DO APRENDIZADO NA ÁREA

A linguagem é a capacidade humana de articular significados coletivos e de partilhá-los em sistemas arbitrários de representação que variam de acordo com a vida em sociedade. A principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentido. A linguagem é uma herança social que, uma vez assimilada, envolve os indivíduos e faz com que suas estruturas mentais sejam reguladas pelo seu simbolismo. A linguagem permeia o conhecimento, o pensamento, a comunicação e a ação, bem como as formas de conhecer, de pensar, de comunicar e de agir.
Nas práticas sociais, o homem cria a linguagem verbal. Ela é um dos meios para representar, organizar, transmitir o pensamento de forma específica. Há a linguagem verbal, a não-verbal e seus cruzamentos verbo-visuais, áudio-visuais, áudio-verbo-visuais...
O ato da fala pressupõe uma competência social de usar a língua de acordo com as expectativas em jogo.
No mundo contemporâneo – marcado por apelos informativos imediatos – a reflexão sobre as linguagens e seus sistemas é mais do que uma necessidade: é uma garantia de participação na vida social.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA ÁREA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Representação e Comunicação: Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação, em situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos dos interlocutores; e colocar-se como protagonista no processo de produção/recepção.
Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.
Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.

Investigação e Compreensão: Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação de ideias e escolhas, tecnologias disponíveis, etc.).
Recuperar, pelo estudo, as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial.

Articular as redes de diferenças e semelhanças entre as linguagens e seus códigos: Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas como instrumento de acesso a informações, a outras culturas e grupos sociais.
Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem a solucionar.
Entender a natureza das tecnologias da informação como integração de diferentes meios de comunicação, linguagens e códigos, bem como a função integradora que elas exercem na sua relação com as demais tecnologias.

Contextualização sócio-cultural: Considerar a linguagem e suas manifestações como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais, e sua representação simbólica como forma de expressão de sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida social.
Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
Respeitar e preservar as manifestações da linguagem, utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e internacional, com as suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação.
Entender o impacto das tecnologias da comunicação na sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

Prof. Daniel Vícola

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