sábado, 20 de agosto de 2011

LITERATURA NO ENEM


Em se tratando da prova relacionada a essa área do conhecimento – a Literatura –, você primeiramente precisa se conscientizar de que ela, assim como toda arte, é uma transfiguração do real, isto é, a realidade recriada por meio do espírito do artista vivendo em seu tempo.
Sendo assim, o artista, de acordo com sua ideologia, submetido a um contexto histórico, político e social, realiza um trabalho especial, cuja matéria-prima é a própria palavra. Dessa forma, torna-se evidente que em todo esse “manejo” predomina tão somente a função poética da linguagem, na qual a intenção do emissor, no caso o artista, é voltada para a própria mensagem, seja na estrutura ou na seleção e combinação das palavras, de forma a atingir plenamente seu objetivo “artístico”.
Com base nesses pressupostos, você terá condições de entender alguns dos objetivos referentes ao processo pelo qual irá passar, uma vez que é esperado que o aluno demonstre seus conhecimentos relacionados ao campo da Literatura, tendo em vista a capacidade de:
- Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
- Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
- Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
- Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Torna-se importante ressaltar que tais objetivos estão intrinsecamente relacionados ao objetivo maior do Exame Nacional do Ensino Médio, que é – em vez de conduzi-lo a memorizações mecanicistas de conceitos – fazer com que você entenda acerca da aplicação dos termos e suas funções na língua.

DICAS VALIOSAS DE QUEM JÁ PASSOU PELO ENEM

 Estudo disciplinado e tranquilidade na hora da prova fazem a diferença, segundo os aprovados.

Ler e evitar "decorebas"; veja dicas de 
aprovados para o Enem

Estudar depois do cursinho? Prestar atenção em aula? Ler bastante? Para ir bem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não há uma única fórmula. A prova deste ano será realizada nos dias 22 e 23 de outubro, em todo o País. Para ajudar na preparação para o exame, reunimos três histórias de estudantes que se deram bem no ano passado e hoje cursam o ensino superior. Confira, a seguir, alguns dos "segredos" desses universitários.

»De Bin Laden a usinas nucleares; confira temas dos vestibulares

"Não se preocupe com decorebas"
Primeiro colocado do Programa Universidade para Todos (ProUni) na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e terceiro na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em ambas para Engenharia Elétrica, Matheus Lincoln, 23 anos, escolheu cursar a graduação na faculdade particular. Ele conta que começou a estudar para o Enem ainda no terceiro ano, quando tinha tempo apenas para frequentar o cursinho nos finais de semana e não conseguia revisar o material em outros dias. "Eu tinha que prestar bastante atenção na aula, para não precisar rever (o conteúdo) em casa", conta.
Ele afirma que o principal foco dos seus estudos foram as exatas, como matemática e física, além de interpretação, pois auxilia ao longo da prova e na redação. De acordo com Lincoln, ler foi um dos seus grandes diferenciais, pois assim conseguiu extrair mais informações dos enunciados e resolvê-los em menos tempo. O universitário também conta que um dos segredos para se dar bem no exame é não estar preocupado em decorar fórmulas nem nomes. "As pessoas têm que saber o conceito da disciplina, porque é isso que o Enem cobra", afirma. Outra dica, na hora de estudar, é com relação à ordem das matérias. "Eu começava com as que eu mais gostava, assim, ia motivado para as que tinha mais dificuldade. Também, logo depois que revisava um conteúdo, eu fazia os exercícios, pois é uma boa maneira de fixá-los", conta. Lincoln também acredita que é benéfico para o estudante realizar a redação antes do restante da prova, pois, menos cansado, o candidato tende a escrever melhor.

"Tem que ler uma biblioteca inteira!"
Carlos Viana, 19 anos, atualmente cursa Publicidade e Propaganda na Universidade Federal do Pampa de São Borja (Unipampa), no Rio Grande do Sul. Ele ingressou na faculdade graças à sua pontuação no Enem e conta que priorizou, durante os estudos, a leitura de diversos jornais, revistas e livros. "Ajudou bastante a entender algumas perguntas da prova, além do mais, o exame tem questões extensas, isso também me auxiliou a não cansar muito", afirma.
Viana também destaca a importância que deu à escrita. Ele tentava escrever o máximo que podia, sobre assuntos que via diariamente. "Isso deu certo pra mim, pois quando eu vi a redação de 2010, sobre trabalho e dignidade humana, eu lembrei que já tinha escrito sobre um tema parecido, até mesmo usei alguns argumentos", conta Viana.

"É difícil, mas tem que relaxar."
Estudos de manhã, de tarde e à noite. Essa era a rotina de Caio Cesar Barbosa, 19 anos. No começo do dia, ele ia para escola, de tarde, para o cursinho, e, quando chegava em casa, arranjava tempo para revisar alguns conteúdos. Esse hábito fez com que Barbosa passasse na Universidade Mackenzie, de São Paulo, em Direito, através do Enem, no ProUni.
À noite, Barbosa preferia estudar conteúdos que tinha mais facilidade, para assim reforçar os assuntos com maior possibilidade de obter melhor pontuação no exame. As matérias mais difíceis ficavam para a sala de aula, onde contava com o auxílio dos professores. Para o universitário, o principal motivo do seu sucesso no Enem foi a sua tranquilidade durante a prova. "Eu estava bem calmo na hora do exame, fiz sem nervosismo e acabei indo bem. No mesmo ano, realizei o vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), mas fiquei muito nervoso, daí fui pior", relata.
Durante o Enem, Barbosa usou um método que seu professor de português ensinou. "A primeira coisa que fiz foi olhar a redação, depois fiz o resto da prova. Isso me ajudou bastante, pois algumas perguntas eu pude relacionar com o tema, isso me deu ideias que consegui usar na hora de escrever", afirma.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

MODERNISMO NO BRASIL

Realizada a Semana de Arte Moderna e ainda sob os ecos das vaias e gritarias, tem início uma primeira fase modernista, que se estende de 1922 a 1930, caracterizada pela tentativa de definir e marcar posições. Constitui, portanto, um período rico em manifestos e revistas de vida efêmera: são grupos em busca de definição.
Nessa década, a economia mundial caminha para um colapso, que se concretizaria na quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. O Brasil vive os últimos anos da chamada República Velha, ou seja, o período de domínio político das oligarquias ligadas aos grandes proprietários rurais. Não por mera coincidência, a partir de 1922, com a revolta militar do Forte de Copacabana, o Brasil passa por um momento realmente revolucionário, que culminaria com a Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas.
Assim é que, de 1930 a 1945, o movimento modernista vive uma segunda fase, refletindo as transformações por que passou o país. Tem início uma outra etapa de sua vida republicana, levando os artistas nacionais a se posicionarem diante dessa nova realidade.

Características:

O período de 1922 a 1930 é o mais radical do movimento modernista, justamente em conseqüência da necessidade de definições e do rompimento com todas as estruturas do passado. Daí o caráter anárquico dessa primeira fase modernista e seu forte sentido destruidor.
Ao mesmo tempo que se procura o moderno, o original e o polêmico, o nacionalismo se manifesta em suas múltiplas facetas: volta às origens, pesquisa de fontes quinhentistas, busca de uma "língua brasileira" (a língua falada pelo povo nas ruas), paródias, numa tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras, e valorização do índio verdadeiramente brasileiro. É o tempo dos manifestosnacionalistas do Pau-Brasil e da Antropofagia, dentro da linha comandada por Oswald de Andrade, e dos manifestos do Verde-Amarelismo e do grupo da Anta, que já trazem as sementes do nacionalismo fascista comandado por Plínio Salgado.
Como se percebe já ao final da década de 1920, a postura nacionalista apresenta duas vertentes distintas: de um lado, um nacionalismo crítico, consciente, de denúncia da realidade brasileira, identificado politicamente com as esquerdas; de outro, um nacionalismo ufanista, utópico, exagerado, identificado com as correntes políticas de extrema direita.
Entre os principais nomes dessa primeira fase do Modernismo e que continuariam a produzir nas décadas seguintes destacam-se Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio de Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Cassiano Ricardo, Guilherme de Almeida e Plínio Salgado.

O GÊNERO NARRATIVO E SUAS CARACTERÍSTICAS


O termo “narrar” vem do latim “narratio” e quer dizer o ato de narrar acontecimentos reais ou fictícios. Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, surgiu, dentro do gênero épico, a variante gênero narrativo, a qual apresentou concepções de prosa com características diferentes, o que fez com que surgissem divisões de outros gêneros literários dentro do estilo narrativo: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem?, que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir:

• Narrador: é o que narra a história, pode ser onisciente (terceira pessoa, observador, tem conhecimento da história e das personagens, observa e conta o que está acontecendo ou aconteceu) ou personagem (em primeira pessoa; narra e participa da história e, contudo, narra os fatos à medida em que acontecem, não pode prever o que acontecerá com as demais personagens).

• Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas experiências e ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos) ou psicológico (memória de quem narra, flash-back feito pelo narrador).

• Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem.

• Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução, ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho.

• Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, se encadeiam os fatos que geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas.

O que vimos foram os recursos que os estilos narrativos têm em comum; agora, vejamos cada um deles e suas características, separadamente:

• Romance: é uma narrativa longa, geralmente dividida em capítulos, possui personagens variadas em torno das quais acontece a história principal e também histórias paralelas a essa, pode apresentar espaço e tempo variados.

• Novela: é um módulo mais compilado do romance e também mais dinâmico, é dividida em episódios, são contínuos e não têm interrupções.

• Conto: é uma narrativa curta que gira em torno de um só conflito, com poucos personagens.

• Crônica: é uma narrativa breve que tem por objetivo comentar algo do cotidiano; é um relato pessoal do autor sobre determinado fato do dia-a-dia.

O TEXTO JORNALÍSTICO


A função do jornal é basicamente a comunicação. É um dos meios mais rápidos de ficarmos informados a respeito do que acontece no mundo. Dentro do jornal há várias seções, que por sua vez, abrigam vários tipos de texto. Há algumas características que são comuns a todos estes textos, enquanto há outras que servem para individualizá-los.
A nomenclatura dos textos normalmente é dada de acordo com as suas características e seus objetivos específicos de comunicação. Genericamente chamamos os textos que se apresentam nos jornais de “matéria”. Normalmente esses textos têm caráter informativo. As informações são apresentadas em ordem decrescente de importância ou relevância, seguindo, assim, uma técnica chamada de pirâmide invertida. Ou seja, a base do texto (conteúdo mais importante) fica em cima e o ápice (conteúdo mais superficial) embaixo.
O primeiro parágrafo do texto é chamado de “lide” ou “lead” (inglês) e carrega o conteúdo mais denso da matéria, as principais informações. Esse recurso é usado para que as pessoas possam ter acesso fácil e rápido à informação e tenham a oportunidade de selecionar as matérias que realmente lhes interessam para prosseguir com a leitura. Geralmente o título da matéria é baseado no lide.
Vejamos alguns dos mais característicos tipos de textos jornalísticos e suas principais características:

Notícia: Caracteriza-se pela linguagem direta e formal. Tem caráter informativo e é escrito de forma impessoal, frequentemente fazendo uso da terceira pessoa. Inicia-se com o lide e se segue com o corpo da notícia. Enquanto na primeira parte estão registradas as principais informações do fato, no corpo do texto estão presentes os detalhes (relevantes ou não), as causas e as consequências dos fatos, como, onde e com quem aconteceu, e a sua possível repercussão na vida das pessoas que estão lendo. Pode ter ou não um público alvo (jovens, políticos, idosos, famílias), caso tenha a linguagem poderá ser adaptada para o melhor entendimento.

Editorial: Não é exatamente um tipo de texto, mas uma seção do jornal que possui textos selecionados e agrupados através de seu conteúdo, público ou objetivo. Os jornais são divididos em vários editoriais que podem ou não estar encadernados separadamente. Entre os editoriais mais comuns estão: Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classificados, Coluna Social, etc.

Reportagem: Tem por essência a descrição e caracterização de eventos. Para isso, a reportagem conta com algumas perguntas que, ao serem respondidas, formarão a estrutura da reportagem. Em Inglês chamamos as perguntas a seguir de WH Questions, e elas servem para melhor estruturar a reportagem: O quê?, Como?, Quando?, Onde?, Porquê?, Quem?.
Nota: Texto curto composto apenas pelo lide. Normalmente trata de algum assunto de fácil compreensão e assimilação e que seja do interesse do leitor. Algo que já tenha sido noticiado ou que não possui detalhes relevantes para serem descritos.

Além desses, há outros cuja estrutura é mais complexa e a ocorrência vai além-jornal, como a crônica, o artigo, etc.

Normalmente, o processo de produção de um texto jornalístico se divide em quatro fases: a pauta (escolha do assunto), a apuração (verificação dos fatos e de provas), a redação (organização das idéias transformando-as em texto) e a edição (locação desses textos no jornal, correção e revisão dos mesmos).

RESPONDA ÀS SEGUINTES PERGUNTAS:

1) Qual é a função do jornal?

2) Genericamente, como se chamam os diferentes tipos de texto que fazem parte de um jornal?

3) Como são dispostas as informações numa matéria de jornal?

4) O que é "lead"? Para que esse recurso é empregado?

5) O que são os editoriais?

6) Quais são as perguntas que norteiam o trabalho do jornalista que vá escrever uma reportagem? Por que essas perguntas são importantes nesse processo?

7) Nomeie e explique as fases de produção de um texto jornalístico.